terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sementes de Estrelas Cadentes.

Com sua intuição mística,                       
a menina metalinguística segue 
regando sementes semióticas 
de estrelas cadentes 
que depois de caídas 
se transformarão em abstratos fragmentos luminosos 
de um mundo real que já havia sido criado antes, 
pela genuína capacidade do ser humano 
de dar forma e conteúdo a imaginação, 
utilizando apenas a força e o poder do querer.




sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Esperança.

Eu quero uma dose de qualquer coisa 
que me aguce os sentidos, 
que faça do meu peito uma gigantesca montanha russa 
composta por infinitos loopings de emoções. 
Para que em meu rosto se abra um lindo sorriso, 
feito flor em botão 
espreguiçando-se lenta e graciosamente 
até que se abra inteira, 
expondo suas múltiplas cores cítricas, 
trazendo beleza e um quê de ternura 
para essa grama verde de esperanças,  
que compõe o tapete dos meus caminhos.





quarta-feira, 15 de junho de 2011

Pelas ruas.

Por achar que ao meu passo
o tempo será sempre escasso
tenho essa tola mania
de atravessar correndo
por todas as ruas.
Acabo me perdendo
nos cruzamentos
dos verdes olhares
pela calçada.
E ao invés de desviar
prefiro pular as poças
feitas pela chuva
só pra ouvir o som
da minha própria gargalhada.


terça-feira, 24 de maio de 2011

Potinhos de Ouro

Ai, como eu adoro os enormes,
reluzentes e tão coloridos ARCO-ÍRIS
que a vida nos dá quando
o Sol reaparece depois daquelas
horríveis tempestades.
Eles provocam em mim uma sensação
de potinhos de ouro.
Aqueles, que dizem que estão no final
de todo arco-íris, sabe?
Aqueles potinhos de ouro
que a gente não vê.
Não vê porque eles foram feitos
para serem sentidos.
Só que ao invés de chamá-los de potinhos de ouro
as pessoas chamam de FELICIDADE.
Ai, ai! O delicioso efeito das borboletas no estomago
que me faz distribuir esses sorrisos bobos pelo caminho!


quarta-feira, 18 de maio de 2011

A Menina Aquática e o Menino Alado.

A Menina Aquática e o Menino Alado
se viram através do espelho d'agua
que separa o céu do mar.
Se encantaram um com o outro
e combinaram de se encontrar.
Mas não havia um lugar.
Entre os dois existia o espelho d'agua
que separa o céu do mar.
E o Menino Alado não tinha nadadeiras para nadar
nem a Menina Aquática tinha asas para voar.
De maneira que aquele espelho que havia entre os dois
nunca houvera de se quebrar.

E o que parecia ser,
já não era mais.

Independente do querer,
estava antes de tudo
na natureza de cada um,
aquela cruel realidade
da Menina Aquática e o Menino Alado.
Nesta triste história
de um des-encontro marcado.


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Cegueira.

Ela ama.
O Amor é cego.
Ela não enxerga um palmo na frente do seu nariz.
Mas sabe ler o invisível.
E decifra o infinito.


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Recheio

Eu fico com o recheio.
Prefiro a parte que meus olhos não alcançam 
mas a alma vê.