segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Eternidades

Trago o mundo nos olhos
Amo antes da palavra

Aroma do teu corpo em mim
Interrompendo o tempo
Compondo eternidades
Na profundidade dos espaços

Seiva de suor do teu corpo

de orvalho e ardência.
Quero amar-te homem,
anjo e pássaro.

Amanhecer em tuas constelações

E diante do grande segredo da noite
Recriar humanidades

Se em mim te vês,

como me vejo em ti
Eterno te recebo
Eterna me entrego
Pelas areias do último deserto.

Gisele André.



sexta-feira, 19 de julho de 2013

Bem te vi, bem te vejo!

Bem te vi.
Bem te vejo.
No cantar de passarinho
te faço um carinho
e mando um montão de beijo.

Sabiá, que não sabia nem assobiá
agora canta o dia inteiro.

Bem te quero
pelo bem que me faz.
E assim, Bem te vi
quero bem te ver
por todo o tempo que eu puder.

Por todo o tempo
que o Deus Tempo nos conceder.

Pra retribuir
todo esse bem
e poder te fazer
muito feliz também.

Gisele André.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Bem me quer ou mal me queira.

Que muito bem me queira
Porque do mal não quero nem saber.
Se bem me quiser
Te quero 
Livre de todo o mal.
Se mal me queira
Que todo o meu bem 

Te livre
Do seu próprio mal.


Gisele André.


sábado, 18 de maio de 2013

Para Mamãe.

100 dias...
Sem abraço de bom dia.
Sem conversa na cozinha.
Sem histórias da fazenda.

100 dias...
Sem a TV da sala ligada o dia todo.
Sem palavras cruzadas pela casa.
Sem panquecas.

100 dias...
Sem sermões, pelo pé descalço no chão frio, 
toalha molhada em cima da cama, 
quarto bagunçado, farelo de pão no sofá.

100 dias... 
Sem bolo de batata.
Sem papo furado enquanto espero o elevador.
Sem leitura de jornal na cadeira de balanço.

100 dias...
Sem os maravilhosos ditados populares.
Sem girassóis no quintal do meu peito.
Sem piscadinha de olho com beijinho no ar, como quem agradece por a gente existir.

100 dias...
Sem dias felizes.

Gisele André.