sábado, 29 de maio de 2010

Amigos sentimentos.

Sem que eu percebesse, a precipitação chegou junto com a inconsequência e as duas, sorrindo, me deram as mãos. A ingenuidade, por sua vez, também veio participar. Quando dei por mim, era tarde demais para olhar pra trás. Foi aí, que o arrependimento veio com toda a sua fúria e me agrediu friamente. Você apareceu lá de longe passando, lindo de braços dados com a imaginação e a lembrança.

A tristeza me deu um forte abraço me fazendo derramar algumas lágrimas. A lamentação as enxugou e me fez companhia. Até hoje ela está ao meu lado, sempre trazendo a lembrança para tomar um cafézinho. E o arrependimento, de vez enquando aparece ao longe acenando.

Só não sei onde é que foi parar a esperança. Essa desapareceu de repente. Nunca mais vi passar. Logo ela que era tão presente, vivia por aqui. Mas agora, quem está aqui todos os dias, sempre dando um alô é a saudade. Que por sua vez, sempre me fala de você.


Siminino.

Esse menino chega como quem não quer nada.
Sorri, senta e me conta uma piada.
Esse menino moleque.
Não pára quieto, todo serelepe.

Brisa nos cabelos, firmeza no olhar.
Sobe numa pedra, desce da pedra,
salta, dá piruetas no ar.
Parece até um passarinho aprendendo a voar.

Esse menino alegre, com apelido de rei.
É como um anjo perdido nesse mundão de Deus.
Pessoa que sempre gostei.
Admiro os sonhos teus.

Esse menino faz fama de durão.
Tira sarro com a cara de todo mundo.
Mas quando as coisas apertam pro seu lado,
ele entrega o ouro ao ladrão.

Esse menino é especial.
Deus tinha que olhar pra ele diferente.
Tinha que lhe dar proteção dobrada.
Para que nada o aconteça de mal.

Esse menino? Menino que nada!
Ele é um anjo disfarçado de menino.
Anjinho perdido, confuso e trapalhão.
E que ocupa um enorme espaço no meu coração.


sexta-feira, 28 de maio de 2010

Tic-tac faz o tempo.




Tic-tac faz meu pensamento.
E agora?
Será que ainda tá em tempo?
Da gente ser um dia
tudo aquilo que gostaria?
Tudo o que sonhamos
e ainda não realizamos.

Tic-tac, tic-tac faz o tempo.
A gente se enganou,
quando achou
que ele não nos alcançaria.
Agora, cá estamos
fundindo a cuca, nos desesperando.

Será que vai dar tempo?
O prazo é curto.



Eu quero é ser humano.

Eu canto Baia.
Escuto Mutantes.
Leio Nietzsche.
E ando de ônibus.

Procuro ser mais o que sinto
do que aquilo que entendo.
Não me interessa o ter.
Eu quero é ser.

Ser humana.
Ser mundana.

Mergulhar nos pensamentos
que me fundem a mente
e sair pra dançar.
Perder a consciência por algumas horas.

Ser empírica e filosófica.
Acreditar na ciência
e nunca deixar de ter fé.
Me haver na dualidade universal.

Onde tudo tiver que existir razão pra ser,
eu vou experimentar sensação.
Não sou do contra.
Nem nado à favor da correnteza.

Se me ocorrer a dúvida,
será nela que encontrarei a certeza.

Enquanto isso,
Rita Lee canta, dizendo
que hoje é o primeiro dia,
do resto da minha vida.


Em - 27/03/2007.


Eu quis.

Eu quis que fosse magia.
Eu quis ser inesquecível.
Eu quis lhe dar muita alegria.
Eu quis ser irresistível.

Mas você resistiu
Mas você esfriou.
Mas você nem me viu.
Mas você ignorou.

Poderia ter sido lindo.
Poderia ter dado certo.
Poderíamos viver sorrindo.
Poderíamos estar mais perto.

Se houvesse retribuição.
Se houvesse cumplicidade.
Se houvesse mais afeição
Se houvesse menos saudade.


Somente meu.


É tudo tão bom
quando você está por perto.
O que eu sinto
ainda não sei dizer ao certo.

Você parece um farol
quando sorri dessa sua maneira.
E brilha mais que o Sol,
aí não é brincadeira.

O coração se espreme
no fundinho do peito
querendo me dizer
que não tem mais jeito.

Agora serei somente sua,
e você somente meu.
Graças a branca Mãe Lua,
que fez juntar você e eu.


O que será?

O que será essa loucura toda?
Será realmente tudo verdade?
Será que a felicidade resolveu enfim se chegar?
Ou será ilusão,
desse meu tonto coração
que vive a se enganar?
Será ou não?
Se for de verdade,
acho que a felicidade é que endoideceu.
Porque escolher logo eu?
É meio assustador.
Tanta alegria assim,
tanta felicidade assim,
depois não sei não.
Mamãe já dizia,
que quem muito ri depois chora.
Aí bate uma insegurança daquelas,
que não deixa a gente dormir.
Por mais que se mantenha os olhos fechados;
só consigo ver aquele rosto lindo,
me olhando com aquele sorriso safado.
Êta, cabra danado!!!
O que fez com meu coração?
Agora está enlaçado,
feito peão faz com o gado.
Entrego pra Deus abençoar.
Se for ilusão, pro coração aguentar.
Se for amor, pra não judiar;
trazer muita alegria, muito beijinho
e bastante carinho para lhe dar.



A estação.

Você foi como o verão.
Chegou de repente.
Esquentou o ambiente
e me deixou bem contente.

Com você fui feliz.
Dei muita gargalhada.
Fiquei mais bonita
e bastante agitada.

Mas de repente foi embora.
Junto com a estação.
Só restando a lembrança e a esperança
de que outros dias virão.


Paixão de Verão.

O menino luz chegou,
um sorriso de marfim.
Com seu olhar me enfeitiçou,
oferecendo girassóis e jasmim.

Moreno dourado do sol de verão.
Ficou do meu lado fazendo serão.

Foi como ventania
seguida de tufão.
Mexendo com os sonhos
brincando com o coração.

Jogou com o desejo
e apostou no prazer.
Com um simples beijo
me fez enlouquecer.

E agora, o que vou fazer?
Já não posso mais te esquecer.

Você ficará na lembrança
de um tempo bom que não voltará
e estará também na esperança
de um dia te reencontrar.


Manual do AMOR.


Olhos nos olhos.
Olhos na boca.
Boca na boca.
Desejo...

Carícia, toque
Afago, união
Gemido, satisfação.
Prazer...

Um sorriso, um olhar.
Um abraço, um beijo.
Sono, sonhos.
Paixão...

Saudade, vontade.
Elo de ligação.
Ação, reação.
Sincronicidade...

Esperança, descobertas.
Recompensa, troca.
Interesse mútuo, doação.
Enfim AMOR.


Eu tenho FÉ.



Enquanto a luta diária
engole todos os meus sonhos,
eu acredito que os alcançarei.
Como uma lagarta.

Lá em baixo do abismo
existe um chão.
E será com os pés plantados na terra
que aparecerão minhas asas.

Os dias tem parecido difíceis,
mas não impossíveis.
Porque existe a certeza
de que amanhã o Sol nascerá novamente.

Acredito numa força maior.
Essa força depende de mim,
E é agarrada à ela,
que passo todos os meus dias.



Intensidade.


Intensidade.
Essa é a melhor palavra para traduzir sentimentos.
Não importa o que sinta,
mas seja lá o que for, que seja sempre intenso.

Viva seguindo seus impulsos.
Vezes errando feio.
Vezes acertando em cheio.

Assim é a vida.
Cheia de erros e acertos.
Mas sendo sempre você mesmo.

Hora, inconseqüente.
Hora, consciente.

Lições irá tirar, não apenas com os erros.
Satisfações, não apenas com acertos.

Vale tudo quando a questão é sentimento.
Por toda uma vida e a cada momento.


Verdade



Não tenho o menor talento para interpretar
a personagem que você idealizou pra sua vida.
Se as aparências te enganam,
lhe digo que não me convencem nem um pouco.

Não quero viver de ideais utópicos.
Minha brincadeira preferida
é encontrar a verdadeira face
das pessoas e da vida.

Que, por não sei qual motivo,
insistem em nos enganar.
Escondendo-se atrás das máscaras
de uma falsa moral.

A intensidade de um momento só existe
se você estiver ali
e ali existir de verdade.
É sendo verdadeiro que se vive.

A falsa moral apenas sobrevive.
A sobrevivência é morna e morta.
Não contém impulsos, nem pulsação.
Apenas obedece as regras.

Enquanto isso, a Dona Verdade, dá gargalhadas
nas fuças da sociedade.
A verdade se mostra pro mundo.
Por isso enxerga a realidade.

Prefiro a verdade de uma vida curta,
à uma longa sobrevida
nos moldes da falsa moral de uma sociedade.
Sim, eu estou aqui a passeio.

E nesse passeio eu passo meus dias.
Não obedeço regras.
Não abaixo a cabeça
conseguindo com isso algum trocado.

Não estou aqui para ser humilhado.
Vim aqui só pra me divertir.
Rir dos meus próprios erros.
E disposta a engolir as verdades indigestas dessa vida.

E é com ela, a verdade,
que engrandeço minha alma.
Subir na vida?
Só se for pra elevar meu espírito ao longo da mesma.

Eu não vou de elevador.
E se faltar luz?
Muito obrigada.
Quero subir pela escada.

Vendo de verdade as pessoas que por mim passarem,
me apaixonar intensamente
pela real face de todas as coisas.
E se eu tiver que quebrar a cara... que seja!!!

O importante mesmo é viver intensamente
a nossa verdadeira verdade.
Dentro de nós mesmos e fora,
fora de si mesmo.


Em Março/2007.