sexta-feira, 28 de maio de 2010

Verdade



Não tenho o menor talento para interpretar
a personagem que você idealizou pra sua vida.
Se as aparências te enganam,
lhe digo que não me convencem nem um pouco.

Não quero viver de ideais utópicos.
Minha brincadeira preferida
é encontrar a verdadeira face
das pessoas e da vida.

Que, por não sei qual motivo,
insistem em nos enganar.
Escondendo-se atrás das máscaras
de uma falsa moral.

A intensidade de um momento só existe
se você estiver ali
e ali existir de verdade.
É sendo verdadeiro que se vive.

A falsa moral apenas sobrevive.
A sobrevivência é morna e morta.
Não contém impulsos, nem pulsação.
Apenas obedece as regras.

Enquanto isso, a Dona Verdade, dá gargalhadas
nas fuças da sociedade.
A verdade se mostra pro mundo.
Por isso enxerga a realidade.

Prefiro a verdade de uma vida curta,
à uma longa sobrevida
nos moldes da falsa moral de uma sociedade.
Sim, eu estou aqui a passeio.

E nesse passeio eu passo meus dias.
Não obedeço regras.
Não abaixo a cabeça
conseguindo com isso algum trocado.

Não estou aqui para ser humilhado.
Vim aqui só pra me divertir.
Rir dos meus próprios erros.
E disposta a engolir as verdades indigestas dessa vida.

E é com ela, a verdade,
que engrandeço minha alma.
Subir na vida?
Só se for pra elevar meu espírito ao longo da mesma.

Eu não vou de elevador.
E se faltar luz?
Muito obrigada.
Quero subir pela escada.

Vendo de verdade as pessoas que por mim passarem,
me apaixonar intensamente
pela real face de todas as coisas.
E se eu tiver que quebrar a cara... que seja!!!

O importante mesmo é viver intensamente
a nossa verdadeira verdade.
Dentro de nós mesmos e fora,
fora de si mesmo.


Em Março/2007.

Um comentário:

  1. O importante mesmo é viver intensamente
    a nossa verdadeira verdade.
    Dentro de nós mesmos e fora,
    fora de si mesmo
    e lembrando sempre da passagem...

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