terça-feira, 22 de junho de 2010

Meu elo perdido.

As vezes, tenho uma imensa necessidade de me encontrar.
Desvendar o grande mistério do MEU elo perdido.
Virar eremita. Me esconder do mundo. Sumir!
Se fosse possível; a desmaterialização seria o ideal.
Esse turbilhão das benditas emoções outra vez...
Preciso ficar em silencio profundo, até que todas essas vozes dentro de mim se calem.
Mergulhar no nada. Nadar numa folha de papel em branco.
Me encolher o máximo que puder, até virar sementinha.
Para que eu possa germinar...
São respostas contraditórias e involuntárias a me perturbar.
Mas, se não existem nem mesmo as perguntas, como é que elas estão lá?



sábado, 12 de junho de 2010

Quem é você?

O que você vai ser
quando você crescer?

Corrupto,
Otário,
Traficante
ou Demagogo?

Puta,
Poeta,
Alienado
ou Artista?

O que você vai ser
quando você crescer?

Cardiopata,
Hipocondríaco,
Psicótico
ou Analista?

Estamos todos doentes.
Cidades fabricam neuroses.
Sistemas produzem traumas.
Leis só existem no papel.

O que você vai ser
quando você crescer?

Alcoólatra,
Viciado,
Alucinado,
ou Delinquente?

Não deixe que os outros lhe digam
quem você deve ser.
A gente ama, sofre, sente.
Toca, ouve e vê.

Existe uma voz, bem lá dentro de você.
Procure ouvi-la.
E agora me diga.
Quem é você?



quinta-feira, 10 de junho de 2010

Do Baú de infância.

Direto do báu da minha infância, resgatei alguns cadernos.
Tenho um carinho especial por alguns deles.
Aqui vão dois versinhos que escrevi aos 13 anos, quando tive meu primeiro contato com a morte. Uma experiência marcante.
Nestes versos de criança, com alguns erros ortográficos comuns para a idade, ficou o registro da minha eterna saudade!!!


segunda-feira, 7 de junho de 2010

E a culpa é de quem?


Confusão mental, vista turva.
Tudo embaralhado.
Parado no meio do caminho
com o estômago embrulhado.

Tá de noite,
a Lua não veio,
tô sem lanterna
preso nessa caverna.

Procurando uma resposta,
sem saber qual é a pergunta.

Total desconexão.
Sinto frio e solidão.
Já não existe coração.
Tá faltando compaixão.

O novo não acontece.
E a culpa é de quem?
Papai do Céu, vê se não me esquece,
sou uma pessoa do bem.


quinta-feira, 3 de junho de 2010

Apenas Crianças.

As farras noturnas
de fulgor momentâneo
preenchem os vazios
como um alívio instantâneo.

A euforia farsante
das conversas de bar
se torna uma coisa instigante,
fácil se embriagar.

São tantos sorrisos tortos.
Diria até um poucos mortos.
Todos a exclamar suas questões,
inflamados de emoções.

No fundo são apenas crianças
que ainda tem medo do escuro.
Estão a buscar esperanças
para as dúvidas do futuro.