sexta-feira, 16 de julho de 2010

Vida.

Saboreio momentos.
Consumo instantes.
Relampejo...
Me delicio a cada segundo.
Me alimento de fatos.
Experimento meus atos.
Vivencio o agora.
Resplandeço...
Coleciono sonhos.
Reflito sorrisos.
Cultivo afetos.
Transmito encantos.
Multiplico alegrias.
Compartilho AMOR!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A beleza da vida!

Minha primeira edição de vídeo!
Um pouco das coisas que me fazem ver como a vida é bela!


Música: Beauty in the World ( Macy Gray)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Fragmentos de mistério.



Na tela da lembrança passa agora, o mesmo filme.
Imagens, que ninguém mais viu.
Vejo e revejo sem parar.
Fragmentos projetados no infinito.
Fragmentos ocultos de mistério.

Mobilizo todas as células do meu corpo
e tateio na escuridão, uma palavra-chave para desvendá-lo.
Impulsos de euforia alimentam uma infinita vontade.
Levito em pensamentos...

Quero escrever essa história.
Plasmar essa lembrança.
Multiplicar os fragmentos.
Colar um fragmento ao outro.
Construir a história de nós dois.
Com um eterno começo
e um meio sem fim!

sábado, 3 de julho de 2010

Cântico negro. (José Régio)

" 'Vem por aqui' — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: 'vem por aqui!'
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: 'vem por aqui!'?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: 'vem por aqui'!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!"